Conferência do CPPC

Celebrar a vitória, <br>defender a paz

O CPPC promoveu no sábado, 16, em Lisboa, uma conferência que debateu as actuais ameaças à paz no mundo e os caminhos para as debelar.

A contestação aos exercícios da NATO esteve em destaque

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A conferência, intitulada «Celebrar a Vitória, Defender a Paz», inseriu-se nas comemorações dos 70 anos da derrota do nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial, que o CPPC promove em todo o País e que, entre outras iniciativas, inclui uma exposição (inaugurada naquele mesmo dia e que percorrerá vários pontos do País). A conferência contou com a participação de Roger Cole e Mario Franssen, em representação de duas organizações do Conselho Mundial da Paz, respectivamente o PANA, da Irlanda, e o Intal, da Bélgica.

Na primeira intervenção da tarde, Ilda Figueiredo traçou as linhas gerais da actividade futura do CPPC, ao qual preside, chamando a atenção para o conjunto de campanhas actualmente em curso e para a necessidade de as desenvolver e levar tão longe quanto possível. A presidente do CPPC chamou ainda a atenção para a necessária contestação aos exercícios da NATO que terão lugar em Portugal em Setembro e Outubro, os maiores das últimas décadas. Estes exercícios visam atestar a «capacidade operacional» da nova Força de Intervenção Rápida que a NATO pretende instalar no Leste da Europa.

Rui Namorado Rosa, por seu lado, traçou uma perspectiva histórica da Segunda Guerra Mundial, das conquistas que o seu desfecho permitiu e das novas ameaças que dela resultaram. O vice-presidente do CPPC apelou, a terminar, a que prossiga e se reforce o combate «aos valores retrógrados da exploração, da exclusão social e económica e da intolerância, a par da promoção da paz, da cooperação e da solidariedade internacional».

NATO é ameaça primordial

O representante irlandês, após lembrar que a constituição do seu país obriga à realização de referendos sempre que estiver em causa qualquer «transferência» de soberania, utilizou a metáfora do «copo meio cheio ou meio vazio» para simbolizar as duas atitudes possíveis face às crescentes ameaças de guerra. Da sua parte, garantiu, é adepto do «copo meio cheio», ao confiar na capacidade dos povos, juntos, travarem as pretensões hegemónicas e belicistas do imperialismo norte-americano e do seu aliado europeu, a UE.

Já Mario Franssen denunciou a política externa do governo belga, crescentemente enfeudada aos interesses da NATO (que, aliás, tem a sua sede em Bruxelas). O governo de direita resultante das últimas eleições agravou esta tendência, que já vinha de trás, redefinindo as prioridades orçamentais na área da Defesa de forma a consagrar muito mais meios às missões ofensivas da NATO.

Na conferência, como na XVI Assembleia da Paz, realizada da parte da manhã no mesmo local, Intervieram ainda vários dirigentes e activistas do CPPC, representantes de diversas organizações nacionais e participantes em nome individual, que abordaram questões como as actuais ameaças de guerra, as constantes violações à soberania dos estados, a situação na Ucrânia, no Médio Oriente e na América Latina, o imperioso reforço do movimento da paz ou a necessidade de responder à violenta ofensiva ideológica e à reescrita da história.




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